Roma Antiga

Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.

terça-feira, maio 20, 2008

Viagem à Grécia

Fiz uma viagem à Grécia. Estive lá uma semana, embora com as deslocações só estivesse efectivamente 4 dias. A Grécia não é Roma, mas como os destinos de ambos estão intimamente ligados na antiguidade, vou contar algumas das minhas experiências.
Em Atenas, fui (como não podia deixar de ser) à Acrópole. As fotos que vou colocar não são as que tirei, pois ainda não revelei as minhas.
No caminho, pude observar o teatro mandado construir por Herodes Aticus (um grego do século II). Ainda são feitas representações.

Subindo mais, cheguei ao cimo do monte, à acrópole propriamente dita. A vista para Atenas é magnifica. O partenon nem por isso, pois está cheio de andaimes devido a obras (e quase tudo o que lá está é reconstituição, pois os frisos originais vi-os no museu britânico há uns anos atrás).
Também fotografei à distância o Erictreu e as belas imitações das Cariatides.


Apanhei foi uma tremenda desilusão ao saber que o museu da acrópole estava fechado, pois o espólio estava a ser transferido para um novo museu (que ainda não foi aberto ao público).
Passei o resto do dia a passear por Atenas, comi na Plaka, vi Igrejas em estilo bizantino, fui ao parlamento, Biblioteca Nacional e afins (estes em estilo neoclássico monumental). Atenas é uma cidade verdadeiramente cosmopolita. Tem gente de todas as etnias nas ruas, e para além de venderem bugigangas da antiguidade (vasos e pratos imitando originais nos museus), tem imenso trabalho de couro (sandálias, roupas). A comida é fortemente condimentada; as pessoas são extremamente prestáveis mantendo a dignidade. Como todas as cidades mediterrânicas, é extremamente animada, estando as pessoas até tarde na rua.

Tive então no dia seguinte de partir para Ioanina (constrangimentos familiares). Fui pela Ática, passei por Corinto, subi o Peloponeso, e daí até ao Épiro.
O centro da Grécia acusa muito a influência otomana, quer na música, quer na gastronomia.
A cidade de Ioannina, tendo uma dimensão tão pequena em relação ao Porto, consegue bater aos pontos em vida nocturna. Não são apenas os jovens, são as famílias inteiras que passeiam na rua à noite, ou vão a restaurantes e cafés. O artesanato baseia-se mais no trabalho do metal.
Fui à ilha de Nisa, onde está a casa onde morreu o Paxá Ali (quem leu o Conde de Monte de Cristo sabe quem é), e ao interior da fortaleza de Ioannina onde está o velho bairro.
Aproveitei para dar um salto a Dodoni. É o mais antigo santuário grego (do período do bronze, provavelmente pré-indoeuropeu, dedicado ao culto da deusa mãe). Fica num vale a uma boa meia hora de carro por meio de uma estrada de montanha muito estreita. Mas vale a pena. Dos diversos templos, só ficaram os alicerces (e claro que o carvalho sagrado foi cortado com a proibição dos cultos pagãos), mas o teatro romano é impressionante.

Pronto, dei mais um par de passeios e depois foi o regresso.
Q.F.M.