Mulheres vencedoras de Roma-I
Helena (finais do séc. III, princípios do séc. IV)
Foi mãe de Constantino o grande. E pouco mais se sabe de concreto. Viveu com Constâncio Cloro (pai de Constantino), que era César na tetrarquia inventada por Diocleciano (um sistema com 2 imperadores “seniores”-os augustos- e 2 “júniores”- os Césares). Constâncio teve de se separar dela por motivos políticos para casar com a filha de um dos Augustos.. Helena ao contrário do ex-amante/marido era cristã, e passou anos a coleccionar relíquias (a mais célebre seria a da verdadeira cruz que ela teria encontrado numa escavação em Jerusalém). Se não educou o filho para ser cristão, pelo menos, este ficou com uma visão favorável do cristianismo. Quando Constantino se tornou imperador e legalizou o cristianismo, ela passou a viver na corte como Augusta.
Clódia (séc. I AC)
Dela sabemos o que um amante e um inimigo político deixaram. Nascida de uma família patrícia, casou duas vezes, era acusada de ter imensos amantes (de todas as classes sócias, de patrícios a escravos), de ser jogadora, incestuosa e bêbada (palavras de Cícero). Catulo escreveu poemas a uma mulher que chamava “Lésbia”, e que geralmente é identificada com Clódia. Tem poemas em que a ama ternamente, outros em que parece odiá-la. Basicamente, fazia tudo o que um homem fazia e que era impensável a uma mulher.
Gala Placídia (390-450). Era filha de Teodósio I, o último imperador de todo o império romano e tinha bastante mais energia que os irmãos. Quando Alarico rei dos visigodos saqueou Roma (410), levou-a como refém. Casou com o irmão de Alarico, Ataulfo, quando este morreu, foi devolvida a Roma. O imperador de Roma Honório (seu irmão) casou-a com o seu melhor general (Constâncio em 417) e ela teve um filho (o futuro incapaz Valentiano III, que saiu ao tio em vez do pai ou da mãe). Viúva novamente, fugiu para Constantinopla. Quando Honório morreu, um usurpador (João), tentou ficar com o império do ocidente. Mas foi derrotado e morto por tropas leais ao legítimo imperador Valentiano III (425). Tudo parecia estar posto em causa quando um seguidor de João (Aecio) apareceu com um exército de reforço, mas Placídia acabou por fazer um acordo com ele, nomeando-o Magister Militum (o mais importante cargo militar), em troca da submissão ao imperador. Morreu em 450, disputando ainda a influência do filho com Aecio.
Sabinas
Elas pertenciam ao povo… sabino. Viviam na Itália central (inclusive no lácio). Falavam uma língua vagamente aparentada ao latim. Apesar da primitiva Roma ter habitantes sabinos (que manteriam a sua identidade dentro da cidade por algum tempo), isso não os impediu de entrar em guerra como romanos contra latinos ou outras tribos sabinas. Quanto à mitologia das sabinas, a história é conhecida: Rómulo e os seus companheiros precisavam de mulheres e então inventam uma festa a que convidam os vizinhos sabinos. Estes levam as mulheres, que são raptadas pelos romanos. Quando vai dar-se a guerra, as mulheres intervém, e é feito um acordo de paz, fundindo-se os 2 povos
Q.F.M.
Roma Antiga
Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.
4 Comments:
Decisão salomónica :-)
Mas o Salomão não era mulher nem romano.
Mas se alguém lhe perguntasse qual a mulher mais importante ele também não saberia o que responder:-)
Tá bém. Boa semana.
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