Triunfos
A nomenclatura dos imperadores era bastante importante a nível de prestígio. Augusto ao procurar arranjar um título que lhe evitasse o uso de “rex” que era odioso aos romanos usou o “Imperator” (atribuído aos generais vitoriosos no período republicano), mais uma série de outros títulos e cargos (cônsul, Príncipe, Augusto, etc) que camuflava de forma legal a sua posição. Rapidamente, os triunfos (desfiles efectuados pelo general vitorioso com as suas tropas em Roma com o cortejo dos vencidos) e o uso de um nome geográfico (indicativo de quem tinham vencido- por exemplo Germanicus significava que a pessoa em questão vencera um povo germanico) ficaram limitados ao imperador (dado que os generais actuavam em seu nome).
Para ser celebrado um triunfo de forma “válida”, algumas condições eram exigidas: travar uma campanha de conquista bem sucedida, ou pelo menos levar um inimigo a implorar a paz depois de sofrer várias derrotas (pagando tributo e reconhecendo a superioridade romana), e o mesmo era para o nome.
No entanto vários imperadores pela necessidade de prestígio celebravam triunfos sem ligar a essas regras. Calígula mandou que fossem festejados triunfos sem ter travado qualquer guerra. Cláudio celebrou vários triunfos por uma única campanha, a da Bretanha (o que não era válido, só o deveria ter feito uma vez); também manteve o título de Germanicus a que outros membros da sua família tinham tido direito. Dominiciano celebrou um triunfo pela vitória contra os Dácios, embora na realidade fosse obrigado a abandonar a guerra (que estivera a correr muito bem) devido a uma série de invasões e revoltas e foi obrigado a pagar um tributo aos dácios para não aumentar o número de frentes a combater; depois de conseguir derrotar uma tribo germânica adoptou o título de germanicus (que era bastante discutível). Claro que nestas situações, o uso de títulos imerecidos levava ao esvaziamento da sua importância.
Pelo contrário, outros imperadores tinham a preocupação dos títulos respeitarem a tradição: Trajano tornou-se Dacicus (pela submissão da Dácia), Germanicus (pela pacificação das fronteiras com a Germânia) e Parthicus (pelas derrotas humilhantes que infligiu aos partas chegando mesmo ao saque da capital). Os imperadores seguintes iriam multiplicar os seus títulos acrescidos de Maximus, por qualquer campanha em que participassem, o que levava à repetição dos títulos quando participavam em várias campanhas contra um povo (o que não era conforme a tradição, pois anteriormente como disse, só quando esse povo ficava de joelhos é que o imperador adoptava o título, e não por qualquer vitória). Mas a partir de meados do séc. III os imperadores abandonam esses títulos: tendo reinados de 3 ou 4 anos, passados constantemente em combate contra bárbaros ou romanos rivais, os imperadores deixam de se preocupar com esses títulos.
Q.F.M.
Roma Antiga
Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.
5 Comments:
Parabéns pelo vosso blogue. Muito desenvolvido e cheio de pormenores engraçados que não se encontram normalmente tratados nos livros clássicos.
Tenho uma dúvida: o Dominiciano mencionado neste último post é o Domiciano da dinastia dos Flávios (81-96)?
Para a Tatiana: é complicado fazer um trabalho sobre Agripina pois os textos antigos pintam-na como a encarnação de tudo o que é mau, o que não seria muito justo.
Para A. Teixeira: sim, é esse mesmo.
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