Roma Antiga

Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Livros
Novo ano e novos artigos.
Muitos dos livros da Osprey tem o mesmo defeito que a comida dos shopings: são caros, maus e de pouco conteúdo, mas muitas vezes tem de se recorrer a eles à falta de melhor. Não é o caso dos 2 livros que vou apresentar (embora sejam caros).
“The Late roman infantryman 236-565” e “The late roman cavalryman 236-565”, colecção warrior, editora osprey. Referem-se ambos ao exército romano dos séc. III-VI. Descrevem as dificuldades que o exército romano sentiu ao ser atacado em frentes tão diversas (Reno, Danúbio, Eufrades) e a necessidade de formar reservas em profundidade caso as tropas da fronteira fossem vencidas e de criar forças de cavalaria de rápida intervenção. É descrito o novo sistema com unidades estáticas (limitanei), e móveis (comitatus, palatina). Se no séc. IV a legião (mesmo que reduzida) ainda é a rainha das batalhas, no séc. VI a cavalaria é a única quase que combate (mas não nos é muito bem explicado como se dá esse processo). É-nos apresentado o recrutamento, o treino, o armamento, e a descrição do que seria uma vida em campanha (sobretudo para o reinado de Juliano e depois em menor grau sobre Justiniano).
O livro contém alguns erros de terminologia de unidades (isto eu li em criticas, porque o meu latim não chega para tanto).
O livro é bastante magro para o séc. V (mas as fontes não ajudam), de modo que não seguimos a transformação do exército que no séc. VI é bastante diferente do que era antes.
Os livros concentraram-se em determinados aspectos e não vale a pena pensar naquilo que eles deixaram de fora (o tamanho também não ajuda). Embora sejam complementares um do outro, se o leitor tivesse de escolher um, o melhor era o da cavalaria. Ambos contém um pequeno glossário que é bem vindo, para distinguir os equites, clibanarii, scolae e outras tantas unidades. E finalmente desmonta o mito de que o exército do final do império era mau.
Q.F.M.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não concordo muito contigo em relação à qalidade, o melhor trabalho que vi publicado sobre o Exército Português das campanhas Napoleónicas é deles, no entanto estou de acordo que alguns contém algumas imprecisões, mas também é preciso ver a série, "Men-at-Atms" é condensado, a série " Elite ou Warrior é melhor, caros sim, mesmo comprados à editora. Boa semana

1:56 da tarde  
Blogger Fabiano said...

Eu estava a falar dos livros men-at-arms. Pagar no mínimo 18 euros por menos de 100 páginas (rondam as 50-60, incluíndo imagens, explicações das imagens, bibliografia e afins o que reduz o texto a umas 30) com conteúdos que muitas vezes se arranjam em qualquer história universal parece-me mau como é o caso do livro sobre os impérios antigos (claro que há excepções). As séries elite, warrior e sobretudo campaign já são outra coisa: embora ainda mais caras (e de tamanho um pouco maior)são já trabalhos especializados, por vezes autenticas monografias. A sorte da série Men-at-arms, é a falta de concorrência acessível.
Q.F.M.

9:43 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Até hoje não comprei um livro ruim da Osprey, mas fico em aviação militar da II Guerra pra cá e forças de elite modernas. Acho q dei sorte, então?

2:21 da manhã  

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