Os banhos
Mais do que uma mera prática de higiene, para os romanos eram um passatempo.
O estado romano (desde os tempos da república), mas também privados, abriram banhos públicos; os grandes eram obra do estado e denominavam-se termas (thermae). Em ambos os casos pagava-se uma pequena quantia em dinheiro. Em princípio, as termas não eram mistas (havia horas diferentes para as mulheres e para os homens), mas dado que os imperadores estavam sempre a proibir essa situação, é provável que a legislação não fosse respeitada. Como os romanos se levantavam cedo, a meio da tarde estavam livres e poderiam deslocar-se aos banhos.
As dimensões dos banhos variavam, entre algumas poucas salas multiusos (nas províncias e nas mãos de privados) até grandes termas ocupando quarteirões de cidades, com salas especializadas.
Existia uma sala para as pessoas se despirem e guardarem as roupas. Poderiam depois deslocar-se a uma sala, onde seriam untados com óleo e depois praticar exercício (correr, nadar, lutar, etc), conversar ou mesmo ler (as maiores termas tinham bibliotecas). Depois poderia começar o banho propriamente dito. Ser-lhe-ia raspado suor e óleo do corpo numa sala. Ficaria no tepidarium (água e temperatura amena), deslocando-se depois para o caldarium (o nome diz tudo). O cliente poderia voltar se quisesse ao tepidarium antes de se deslocar ao frigidarium. Ainda existiam salas equivalentes à sauna (com massagens inclusive). A partir daí, seria uma questão de matar o tempo, dedicando-se a algumas das actividades já descritas, ou assistir (no caso das thermae) a espectáculos organizados. Até comida era aí vendida. Ao entardecer, os banhos/termas fechavam (em princípio) e toda a gente voltava para casa.
Q.F.M.
Roma Antiga
Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.
17 Comments:
É impressionante o grau de semelhança em certos aspectos entre a actualidade e Roma antiga. De facto perdemos imenso com a "Idade das Trevas". Apesar do declineo romano durante os séculos IV e V, se o império do ocidente se tivesse mantido ou pelo menos se não se tivesse desintegrado totalmente, a realidade/desenvolvimento actual estaria décadas ou mesmo séculos mais à frente do que se encontra agora.
Bom blog, precisava era de mais actualizações, pois há pouquíssimos blogs histórios na blogoesfera portuguesa. Continuem o bom trabalho.
Drake_1588
Agradeço os simpáticos comentários. O problema é que fazer pesquisa deste género demora o seu tempo, e temos vida extra-blog (além de termos outros blogs).
Para o anónimo: discordo. O império romano do oriente manteve-se, esteve séculos muito mais avançado que a europa, mas estagnado. Quando chegamos ao séc. XIV, pouco mais tinha evoluído e a europa já tinha ultrapassado tecnologicamente o império do oriente (que verdade seja dita, estava à beira do fim).
QFM
De facto tal é verdade, mas a pressão turca e até a mongol asfixiaram o império bizantino e a sucessão de imperadores fracos e a cobiça de alguns europeus (Cruzadas)contribuiram decisivamente para essa estagnação. Após Justiniano o declíneo é constante, a resistência e manutenção do status passa a ser a ideia principal (semelhante à Muralha de Adriano). Quando diz que "a europa já tinha ultrapassado tecnologicamente o império do oriente" no século XIV não é assim tão claro e evidente. Mas isso já é outro assunto, que não se inclui nos Banhos Romanos!
Drake_1588
Já agora o que pensa sobre a série "Roma" a decorrer na 2, ás 2ªs Fªs?
Antonio Rosa
Não considero o período de Justiniano um apogeu, pelo contrário, esgotaram as forças a conquistar territórios e a conservá-los que juntamente com as guerras contra os persas lhes liquidaram as hipóteses de se defender condignamente contra os árabes valeram as muralhas de constantinopla). Apogeu foi o reinado de Basílio II e a (ou melhoir, a partir da dinastia dos macedónios). Disse tecnologia, não cultura. Se bem que a alfabetização estivesse mais difundida no oriente, continuava com o velho sistema de mestres, dado que as escolas tinham durações intermintentes de acordo com as finanças locais e imperiais.Mas concordo que o assunto é demasiado vasto. Quanto a Roma: a essa hora estou a adormecer o meu pimpolho, que está com dores pelo crescimento dos dentes, por isso não posso ver infelizmente.
Queria dar os meus parabéns pelo blog!... Como Classicista, fico feliz por verificar que a antiguidade continua bem presente, dentro de cada um, à sua maneira!...
gostei imenso do blog.
ainda, hoje, as termas me fascinam, como espaço social.
Olá!
Preciso de informações sobre: "Exercícios Físicos na Roma Antiga"
Dei uma olhada no Blogger, mas não achei nada específico, consegui o básico que todos possuem sobre a parte militar, gladiadores, etc, etc...
Queria saber se vocês podem me ajudar. Ex. quais exercícios (Ginástica) eles desenvolviam p fortalecimento do corpo antes uma batalha, se seguiam um programa de treinamento, como era aplicado, em que local era aplicado. Bem sei das influências da Grécia em boa parte disso, mas nada sei(pura ignorância) de algo criado pelos Romanos...
Caso vocês possam ajudar ficarei muito grata!
Meu email vss_vss_@hotmail.com
Até mais, espero retorno! VaN
Vai ter de me explicar o que pretende exactamente. Quer os treinos dos romanos no seu dia-a-dia, ou quer treino militar? E para que períodos?
Os bizantinos limitaram-se a conservar a filosofia dos antigos, porque não existia a noção de progresso. Acho que o "fogo grego" deve ter sido a única inovação tecnológica de relevo, em mil anos de história bizantina. Quanto ao "declínio constante", não é bem assim. No século XII, nas vésperas da invasão dos Cruzados (1204), eram ainda a nação mais rica e desenvolvida da Cristandade.
ESTOU FAZENDO UMA PESQUISA SOBRE A ORIGEM DOS BALNEÁRIOS E ACHEI ESSE BLOG MUITO INTERESSANTE. PODERIAM ME INFORMAR SE AS TERMAS ROMANAS PODEM SER CONSIDERADAS PRECONIZADORAS DOS BALNEÁRIOS TAIS QUAIS CONHECEMOS HJ? E TBM NOMES DE LIVROS Q POSSAM ME DAR TAIS INFORMAÇÕES?
Agradeço desde já.
No seriado Spartacus, episódio 5, o gladiador aparece sentado em um banco conversando com outro gladiador. Ele tem na mão um objeto comprido que ele passa para cima e para baixo no antebraço. Saberia me dizer o que é este objeto e qual sua finalidade?
agradeço
Mam
São Paulo
Nos banhos públicos, depois de terem oleado o corpo suado, os romanos raspavam a pele recorrendo a um objeto curvo em forma de foice, feito de cobre ou bronze, que se chamava estrígil ou estrigilo.
Era um objeto indispensável para remover o pó e a sujidade.
Juvenal Nunes
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