Joviano
Este imperador teve duração curta (363-364); mas ao contrário do habitual, não foi assassinado.
Oficial do exército romano durante os reinados de Constâncio e Juliano, se não se distinguira particularmente, não deveria ser de algum modo incompetente, pois nenhum desses imperadores o teria tolerado.
Seguiu Juliano na sua campanha contra os persas e quando este morreu (363), acabou por ser eleito imperador pelo exército que estava no oriente (ou numa cabala de oficiais conforme as versões). Estando em pleno território inimigo, numa campanha que estava nitidamente a correr mal, decidiu para poder retirar o exército sem mais perdas, fazer um tratado de paz em que entregava diversas provincias orientais; este tratado foi ora criticado como um acto de cobardia, ora defendido como realismo político (estas atitudes tem mais a ver com as opiniões religiosas dos seus defensores do que propriamente análise das circunstâncias).
Já em segurança, Joviano pouco mais fez. Sendo cristão, abandonou a política de favorecimento do paganismo; é impossivel saber se chegou efectivamente a tomar medidas contra estes, dado que as informações são todas muito posteriores; de qualquer modo, afirmou-se como cristão. Elaborou alguma legislação, mas é difícil de dizer se chegou a aplicá-la.
Finalmente morreu com 32 anos, provavelmente vítima inglória de uma congestão. Seria sucedido por imperadores bem mais energéticos, Valentiano e Valente.
Q.F.M.
Roma Antiga
Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.
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