Roma Antiga

Blog sobre a Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.

terça-feira, maio 04, 2004

Às armas, às armas… (2)

O exército romano em tempo de paz tinha, mesmo assim, uma série de deveres a cumprir.
Destacavam-se, entre eles, a vigilância dos vários territórios do Império, bem como as respectivas fronteiras com o inimigo externo, treinavam-se em manobras bélicas, em paradas e até em práticas desportivas.
Optavam também por desenvolver algumas actividades produtivas, como o fabrico e manutenção das armas e armaduras, a exploração mineira ou apenas o controlo dessas áreas, bem como a extracção de matéria-prima essencial para o fabrico de materiais de construção das suas dependências (como as telhas, os tijolos, a madeira para as cercas de paliçadas, a pedra de cantaria para as construções, etc.).
Por outro lado, alguns oficiais podiam ser canalizados para determinadas funções político-administrativas, como a chefia de corpos policiais e de segurança, a coordenação e fiscalização de operações mais delicadas em minas ou pedreiras, os casos de cobrança de impostos a comunidades revoltosas, ou as situações de definição conflituosa de limites entre províncias ou municípios. Também aqui se incluem tarefas de diplomacia, sendo muitas vezes enviados pelo imperador representantes militares a governadores de província ou a príncipes dependentes do poder imperial.
Mas são as obras de engenharia, a acção mais notável do exército em tempos de paz. Não só estas construções nasciam no decurso da própria actuação militar, como eram programadas, a longo prazo, para dar satisfação às necessidades básicas e futuras do exército.
Das obras mais frequentemente incumbidas aos soldados romanos enumeram-se os acampamentos; os postos de observação, as torres e os fortes de fronteira; as estradas, as rampas e as pontes.
Por onde o exército romano passou, deixou as marcas sólidas da organização do seu trabalho. Esses actos de pura engenharia acabavam por se constituir em importantes obras públicas, de utilidade imediata para as populações adjacentes.

In ENCARNAÇÃO, José d’ (1988). A estratégia do poder na Roma Antiga - do séc. II a.C. ao séc. III da nossa era. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

M.C.O.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muito interessante esse testo que relata sobre a roma antiga... me ajudou muito no trabalho..

11:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu adorei esse texto me ajudou muito no trabalho de história,mas esta em portugues antigo.

6:31 da tarde  

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